terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Quando o amigo 'pisa na bola'


Por melhores que sejam as pessoas, um dia, elas nos decepcionam

Por melhores que sejam as pessoas e suas intenções, um dia, sem querer, elas nos decepcionam. Acontece isso entre pais e filhos, marido e mulher, namorados apaixonados e entre amigos também. Nós mesmos já fizemos essa experiência frustrante de "pisar na bola" com alguém que nunca queríamos machucar ou decepcionar. Isso faz parte do processo de amadurecimento de qualquer relacionamento e é muito bom que isso aconteça, para que não fiquemos na ilusão de achar que tal pessoa é perfeita ou nós mesmos somos intocáveis e imaculados.
Dizer que a frustração e os erros fazem parte do conhecimento do outro, para que no amadurecimento da amizade possamos adequar a imagem do amigo ao real e possível parece exagero, pois quem tem amizade-fantasia são as crianças e neste período da vida é normal. Por isso, que uma verdadeira amizade deve estar guiada por alguns compromissos evangélicos: verdade, transparência e partilha, tudo isso, é claro, com muita caridade e misericórdia, pois só quando experimentamos o gosto amargo dos nossos erros compreendemos as fraquezas e erros do amigo.
Experiência mais terrível, para mim, são aquelas pessoas que estão no centro de uma situação, sabem de fatos que incluem e comprometem a pessoa amiga e por respeito humano e por um falso "protecionismo" ficam caladas, se omitem, não querem correr o risco de perder a boa fama, a simpatia e até mesmo amizade. Quando a amizade é verdadeira o único medo que eu tenho é perder o meu amigo para os seus próprios erros, mesmo que ele não me compreenda e fique com raiva de mim, vou falar-lhe a verdade e abrir seus olhos, pois amigo não é aquele que passa a mão na cabeça, mas aquele que o desafia e o "desinstala", mas está pronto para ficar com você em qualquer situação.
Precisamos crescer na vivência e na compreensão de uma verdadeira amizade, quem não se compromete não ama. Quando um amigo "pisa na bola" ou está vivendo uma situação constrangedora aproveite para acolhê-lo, não tenha medo de sacrificar a amizade pela verdade e o verdadeiro amor se arrisca, dá a vida pelo amigo. “O homem quando erra não tem outra alternativa a não ser pedir perdão, se não ele não é homem”. O amigo não "abandona o barco" quando ele se agita, ajuda a remar mesmo que tenha de dizer que o outro está remando para o lado errado.Como corrigir um amigo sem perder sua amizade:
 Reze pelo seu amigo: a oração vai preparar o coração dele e também o seu;
 Espere a hora certa para conversar e partilhar, não se deixe vencer pelo nervosismo e ansiedade;
 Escolha o lugar certo: a privacidade é o melhor lugar para corrigir uma pessoa, evite fazer uma correção em público, mesmo que você esteja certo começou errado;
 Faça um elogio antes de fazer a crítica e a correção. Todos têm qualidades e isso corrige o nosso ego elevado pelos erros dos outros; isso não é fingimento, é amor.
 Saiba falar: cuidado com as palavras, o problema, muitas vezes, não é o conteúdo das críticas, mas o jeito com que se fala. Mesmo que o outro esteja no erro, demonstre respeito e carinho.
Na realidade, na hora em que é feita, nenhuma correção parece alegrar o outro, pois causa dor. Depois, porém, produz um fruto de paz e de justiça para aqueles que nela foram exercitados (cf. Hebreus 12,11).
Padre Luizinho

Amizade e felicidade A fidelidade é a alma da verdadeira amizade

Malba Tahan contava uma história:
"Dois amigos caçadores estavam no mato, e eis que aparece um grande urso. Ficaram tão espantados que, em vez de atirar no bicho, começaram a correr. Acontece que um deles era gordo, e o urso o alcançava; percebendo que não podia escapar do bicho, deitou-se no chão e fingiu-se de morto, enquanto o outro amigo que era magro subiu numa árvore e ficou só olhando. O urso chegou perto do gordo, cheirou-lhe as orelhas e se foi. O magro desceu da árvore e perguntou ao gordo:
- 'O que foi que o urso falou no seu ouvido?' E este respondeu: - 'O urso me disse que um amigo que abandona o amigo na hora do perigo é um covarde!'".
A fidelidade é a alma da verdadeira amizade. Conta-se que dois amigos inseparáveis foram para uma guerra juntos. Em um combate terrível, um deles ficou ferido gravemente, e sem que o outro percebesse ficou caído. Quando o primeiro voltou para a trincheira, percebeu que o amigo não tinha voltado para o abrigo.
"- 'Meu amigo ainda não regressou do campo de batalha, senhor. Solicito permissão para ir buscá-lo' — disse o soldado a seu superior.
- 'Permissão negada', respondeu o oficial — 'Não quero que você arrisque a sua vida por um homem que provavelmente está morto'.
O soldado, desconsiderando a proibição, saiu, e uma hora mais tarde regressou mortalmente ferido, transportando o cadáver de seu amigo. O oficial ficou furioso.
- 'Eu te disse que ele já estava morto! Agora, por causa da sua indisciplina, eu perdi dois homens! Me diga, valeu a pena ir até lá para trazer um cadáver?'
E o soldado, moribundo, respondeu:
- 'Claro que sim, senhor! Quando encontrei o meu amigo, ele ainda estava vivo e pôde me dizer: 'Eu tinha certeza de que você viria!'"
"Um amigo é aquele que chega quando todo o mundo já se foi".
Você já percebeu a fidelidade de um cão a seu dono? É por isso que dizem que ele é o maior amigo do homem. Já observei que o dono pode ser pobre e miserável, mas o cão não o troca por outro em melhor situação. O dono pode até deixá-lo passar fome e frio, mas ele não o abandona; pode até surrá-lo e ele acaba voltando a seu lado. Isso não é incrível?
Nunca se pode falar mal de alguém, especialmente de um amigo.
Havia numa cidade um homem que tinha o costume de fazer um pequeno discurso de elogio aos mortos minutos antes de serem sepultados. Ele sempre estava no cemitério quando alguém ia ser sepultado e sempre o elogiava com suas palavras. Eis que certo dia morreu alguém que todos odiavam na cidade, porque tinha má fama de avarento, fofoqueiro, mal-agradecido, estúpido, etc.. De modo que na hora do seu sepultamento, muitos foram ao cemitério só para ver o que o homem dos elogios funerais iria dizer do falecido. Na hora do discurso o conhecido orador disse: "Coitado, ele assobiava tão bem!...".
Mesmo nesse infeliz ele soube encontrar uma pequena qualidade, e passou por cima de todos os seus defeitos. Não é bonito isso? Faça o mesmo e você será uma pessoa querida por muitos
O mundo está precisando urgentemente de gente assim. Ninguém gosta de uma pessoa cheia de presunção, autossuficiente, arrogante. Os jovens cunharam uma expressão para identificar uma pessoa assim: "Ele se acha"; se acha o bom, o melhor.
Se você quiser ter amigos, aprenda a elogiar os outros pelas suas menores qualidades em vez de os ficar criticando por seus defeitos. Saiba também que nós conquistamos as pessoas por aquilo que somos para elas, muito mais do que por aquilo que lhes damos.
É se dedicando ao outro que você vai conquistá-lo, seja ele um amigo, o pai, a mãe, o filho ou o empregado. Ofereça-lhe um pouco do seu tempo, de suas palavras, de sua ajuda; deixe-o contar sem pressa a sua história e os seus problemas e você verá como esta pessoa irá admirá-la

Raiva



É um sentimento forte que muitos nao conseguem contelos, isso vem de dentro da gente com uma força anormal e a vontade de esganar tudo que tiver pela frente. Cuidado! você pode magoar pessoas, suas palavras podem ser apenas uma satisfação naquele momento porque disse tudo que tinha pra falar mais depois você vai sentir uma falta e seu arrependimento vai crescer, aquelas palavras que aliviava o seu peito tão cheio de odio, magoou uma pessoa que ti amava muito e elas desciam como uma coroa de espinhos dentro do coração dela. Não perca tempo pessa perdão pelo seu ato passional, e para de ficar com raiva das pessoas elas nao são iguais a você tem opiniões deferentes e sentimentos. Começe a ver que sua raiva nao vai te levar a nada, começe a aprender a controla-lás e aproveite a vida porque so temos uma para ficar perdendo tempo com bobagens. Então meu irmão "Relaxe e gose"
Por -  Rebeka Lima

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Os dedos teclam o que está no coração

Na era digital estamos sedentos de ouvir Deus falar
Recentemente, um artigo publicado na edição on-line da revista Sciencetentou responder quantas informações há dando voltas ao mundo. O número é algo impressionante: 295 exabyte, ou seja, “315 vezes todos os grãos de areia da face da terra”, segundo os cálculos de uma agência de notícias.

Um outro dado interessante é que quase todas essas informações são frutos da era digital e estão armazenadas em servidores ou na nossa troca de informações por intermédio de aparelhos tecnológicos, como celulares, GPS's e televisores.

Duas perguntas me vieram ao pensamento: “Como contaram os grãos de areia da face da terra?” e “Para onde caminha a humanidade com tantas palavras?”.

De fato, estamos na era da informação, sendo plasmados pela cultura “high-tech”, pelo sistema “very fast” (muito rápido). Comemos rápido, andamos apressados, trabalhamos de modo ligeiro, convivemos pouco, vivemos estressados – sinta-se livre para colocar mais sinônimos.

Mas, talvez, o perigo maior não esteja na quantidade ou na velocidade da informação em si, mas na seleção das verdadeiras palavras, no discernimento do que estou recebendo, porque o receptor de todos esses “bytes” é o homem.

Em nossa cultura digital, nem tudo o que transborda é verdadeiramente uma palavra que preencha o coração do homem. Uma prova disso é que temos 5 mil "amigos" ou seguidores nos nossos perfis de redes sociais e quando deitamos a cabeça no travesseiro parece que a solidão também faz parte do nosso grupo de "followers" (seguidores). Talvez, se fizessem uma pesquisa, constatassem que o aumento de palavras (informações) no mundo também é proporcional ao aumento do vazio interior do homem, pois “[O Verbo] era a verdadeira luz que, vindo ao mundo, ilumina todo homem. Estava no mundo e o mundo foi feito por ele, e o mundo não o reconheceu. Veio para o que era seu, mas os seus não o receberam” (Jo 1, 9-11)

Sim, estamos sedentos de ouvir Deus falar. No fundo do coração e de sua consciência, o ser humano quer Deus e O procura; mas “como invocarão aquele em quem não têm fé? E como crerão naquele de quem não ouviram falar? E como ouvirão falar, se não houver quem pregue?” (Rom 10, 14).

Eis aqui o desafio que nos é proposto por Bento XVI: mostrar o Rosto de Cristo nesta cultura digital. Teclar o que está contido num coração conquistado por Jesus, mostrar que o pedido da humanidade ainda está contido na prece que fazemos em cada Eucaristia: “Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha morada, mas dizei uma só palavra e eu serei salvo”.

Em meio a "exabytes" de vozes, guardemos "A Palavra" e fiquemos com Jesus Cristo, para que o mundo seja salvo. Basta o Verbo, o Filho de Deus, revelado a nós e transbordado por nosso intermédio para que, também, essa cultura “high-tech” sinta o suave “perfume de Cristo” (cf. II Cor 2, 15).

Esta é a profecia que devemos levar ao mundo digital, pois, se a boca fala do que está cheio o coração, os dedos teclam o que também está nele. 

“Tudo isso para que procurem a Deus e se esforcem por encontrá-lo como que às apalpadelas, pois na verdade ele não está longe de cada um de nós” (Atos 17, 27)

Convido você para atender o apelo de Bento XVI no mundo digital. Vamos fazer uma "Revolução Jesus" na internet e ecoar a Palavra de Deus que diz "Desperta, tu que dormes! Levanta-te dentre os mortos e Cristo te iluminará" (Ef 5, 14).

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

É o amor que humaniza a sexualidade

O amor torna humana a sexualidade e gera o comprometimento
Amor: somente ele pode, de fato, humanizar a sexualidade. No entanto, em nossos dias esse termo se encontra envolto em uma complexa confusão em seu sentido e compreensão. Muitos o têm reduzido apenas à dimensão do prazer, em sua especificidade erótica. É certo que essa palavra engloba também essa dimensão, contudo, ele não se encerra apenas em tal expressão.

O amor – em seu sentido agápico (grego: Agápe) – significa capacidade concreta de doação em favor de um outro, buscando a devida interação com a sua verdade. E isso também deve ser aplicado à concepção humano/erótica do amor, pois, este para ser autêntico não poderá ter o egoísmo como única força motriz.

O amor não se resume à utilização do outro como objeto de prazer sexual. Ele não poderá permitir a utilização momentânea e descartável de um “alguém humano” por meio de aventura descompromissada e irresponsável. O autêntico amor comporta o compromisso.

Estamos acostumados a ouvir os gritos de uma sociedade que elevou à máxima potência a necessidade de satisfazer os próprios desejos e instintos a qualquer custo, transmutando, assim, o valor da pessoa e o colocando em segundo plano. Dentro desse universo de compreensão, o que importa é satisfazer o desejo, não se importando se o outro é utilizado como um mero “brinquedo” por alguns instantes, sendo depois jogado nas mãos do destino.

É o amor/compromisso quem humaniza a sexualidade, do contrário ela se torna apenas egoísmo animalesco. A vivência sexual sem o amor deixa de ser humana e torna-se escravidão instintiva.

Quem verdadeiramente ama é capaz de assumir o outro integralmente, com todas as suas consequências, sem querer usá-lo apenas para uma satisfação superficial.

O amor torna humana a sexualidade e gera o comprometimento – que tem sua máxima expressão no matrimônio sacramental – e o bem necessário para que a devida interação aconteça, sinalizando o outro como fim e não como meio.

O ser humano possui uma dignidade inviolável, ele é pessoa e nunca deverá ser diminuído à categoria de objeto.

O amor traz cor e sabor à vida, ele inaugura uma primavera de sentido para toda e qualquer relação.

A virtude a que somos chamados consiste em contemplar pessoas e relacionamentos sob a ótica do autêntico amor. Assim a doação sincera em vista do bem inspirará nossas atitudes e nos permitirá elevar o ser à sua altíssima e verdadeira condição: a de filho amado, querido e respeitado por Deus.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

O mundo tem jeito!?

É importante ter confiança e agir com ânimo
Nas circunstâncias atuais, dizemos que o mundo não tem jeito, mas isso não corresponde à verdade; não é uma atitude cristã. A história tem uma linha horizontal, mas segura nas mãos do Criador e caminha para a construção do Reino de Deus. O projeto da história da humanidade, apesar dos medos naturais que dele temos, tem como finalidade a vida e a salvação, isto é, vida com dignidade, fundamentada na justiça divina. Temos medo porque parece que o justo sofre enquanto o malvado prospera. É fundamental confiar em Deus e acreditar num futuro melhor. O justo será premiado e vencerá o malvado, porque a promessa do Todo-poderoso não falha. Ele não abandona o Seu povo. Estará sempre do lado de quem prática a justiça e trabalha pela sua realização e pelo seu sucesso. Chegando ao final de mais um ano litúrgico, contemplamos as realidades do fim dos tempos. Realidades que fazem parte do nosso cotidiano, que não são apenas do futuro, mas que começam hoje. Por isso não podemos ficar assustados com os sinais dos tempos que acontecem já agora. Nos sinais da natureza pode estar a nossa ruína. A droga, os vícios, a violência, as gangues, não passam de caminho destruidor. Eles destroem o projeto de Deus, que é totalmente voltado para o sentido e o valor da vida. Não temos noção da chegada do fim do mundo. Convivemos com os vestígios dessa realidade. Os justos trafegam numa situação de sofrimento, numa cultura marcadamente injusta, provocadora de violência e de morte. Não é fácil ser correto nas circunstâncias de hoje. É importante ter confiança e agir com ânimo, mesmo diante das forças contrárias. O cristão perseguido está nas mãos de Deus e terá a defesa eterna. O testemunho de fidelidade ao Senhor é uma grandeza, que leva a vencer o sofrimento. Vamos começar um novo ano da Igreja. Devemos ter a marca da espiritualidade cristã, mantendo em nós a esperança de vida cada vez melhor, fundada nos princípios da Palavra de Deus. .

Dom Paulo Mendes Peixoto
Bispo de São José do Rio Preto

O mundo tem jeito!?

É importante ter confiança e agir com ânimo
Nas circunstâncias atuais, dizemos que o mundo não tem jeito, mas isso não corresponde à verdade; não é uma atitude cristã. A história tem uma linha horizontal, mas segura nas mãos do Criador e caminha para a construção do Reino de Deus. O projeto da história da humanidade, apesar dos medos naturais que dele temos, tem como finalidade a vida e a salvação, isto é, vida com dignidade, fundamentada na justiça divina. Temos medo porque parece que o justo sofre enquanto o malvado prospera. É fundamental confiar em Deus e acreditar num futuro melhor. O justo será premiado e vencerá o malvado, porque a promessa do Todo-poderoso não falha. Ele não abandona o Seu povo. Estará sempre do lado de quem prática a justiça e trabalha pela sua realização e pelo seu sucesso. Chegando ao final de mais um ano litúrgico, contemplamos as realidades do fim dos tempos. Realidades que fazem parte do nosso cotidiano, que não são apenas do futuro, mas que começam hoje. Por isso não podemos ficar assustados com os sinais dos tempos que acontecem já agora. Nos sinais da natureza pode estar a nossa ruína. A droga, os vícios, a violência, as gangues, não passam de caminho destruidor. Eles destroem o projeto de Deus, que é totalmente voltado para o sentido e o valor da vida. Não temos noção da chegada do fim do mundo. Convivemos com os vestígios dessa realidade. Os justos trafegam numa situação de sofrimento, numa cultura marcadamente injusta, provocadora de violência e de morte. Não é fácil ser correto nas circunstâncias de hoje. É importante ter confiança e agir com ânimo, mesmo diante das forças contrárias. O cristão perseguido está nas mãos de Deus e terá a defesa eterna. O testemunho de fidelidade ao Senhor é uma grandeza, que leva a vencer o sofrimento. Vamos começar um novo ano da Igreja. Devemos ter a marca da espiritualidade cristã, mantendo em nós a esperança de vida cada vez melhor, fundada nos princípios da Palavra de Deus. .
Dom Paulo Mendes Peixoto
Bispo de São José do Rio Preto

Juventude: busca pela felicidade!

"A busca pela felicidade é a busca por Deus"

Todas as pessoas, sem exceção, buscam a felicidade. Qualquer coisa que você faça ou deixe de fazer é por acreditar que assim você vai ser feliz. Creio, contudo, que na juventude o anseio pela felicidade palpita mais forte no interior do coração humano.
A fase da juventude é a mais difícil na vida de uma pessoa - já dizia um bispo. Na idade infantil, não nos preocupamos com nada, tudo fazem e decidem por nós; na idade adulta, geralmente, já estamos instalados, com a vocação definida, com o caminho escolhido e a juventude, no entanto, é a fase das decisões a serem tomadas, das respostas cobradas, dos sonhos a serem abraçados e da busca pelo sentido da vida por excelência.
Muitos caminhos são apresentados ao jovem e faz-se necessário compreender uma regra básica: nem tudo é bom, mas tudo se apresenta com cara de bom. Pois, já que todos querem ser felizes, se algo se apresentasse como ruim, para proporcionar infelicidade, ninguém nem daria atenção. Portanto é preciso saber fazer bem as escolhas.
A escolha mais radical, a única que responde aos anseios do coração do homem, a única via para a felicidade é a santidade. E santidade é fazer a vontade de Deus, que é a melhor para cada um de nós. Buscar a santidade não é não namorar, não casar, não brincar, não se divertir, não praticar esporte, etc, mas sim fazer de modo correto todas estas coisas. É ser sal e luz no mundo como exortou João Paulo II na Jornada Mundial da Juventude no Canadá. É ser o rosto de Cristo no lugar onde convivemos no nosso dia-a-dia.
Em última análise, a busca pela felicidade é a busca por Deus (a felicidade plena).
Nesse sentido, João Paulo II já disse que "pecado é procurar a Deus onde Ele não se encontra". Ou seja, todas as vezes que um jovem procura as drogas, uma sexualidade desregrada, etc, ele está procurando a felicidade plena, na verdade, de maneira incorreta, está procurando a Deus, pois só Ele pode preencher o coração humano daquilo que ele necessita. No salmo 42 lemos: "Como a corça deseja as águas correntes, assim a minha alma anseia por ti, ó Deus. A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo: quando hei de ver a face de Deus?"
Já que descobrimos que a nossa fome e sede são de Deus e que n Ele somos plenamente felizes e realizados, paremos de buscá-lo onde Ele não se encontra e O busquemos n Ele mesmo, na Eucaristia, na Palavra de Deus, na Igreja, por meio da oração e da convivência sadia com os irmãos, sabendo também que Ele quer mais se revelar a nós do que nós a Ele.

Amigos

JULIANA- Minha bonequinha linda
KAROL- Garota chata que eu amo muito
JULIA- Garota que a cada dia vai me conquistando mais e mais
SAMARA- Me pertuba d mais mais eu amo muito
BIA- Maninha querida

Tudo tem seu tempo

A busca dessa sabedoria é tarefa de todos
Há um momento oportuno para cada coisa debaixo do céu (cf. Eclesiastes 3, 1). Nesta máxima da sabedoria em Israel, fundamento da cultura grega presente no mundo judaico, bem localizado no horizonte cristão, vê-se o quão oportuna é a figura de um ancião que tem o intuito de instruir os jovens.
Há uma sabedoria que não pode ser esquecida sob pena de perder o verdadeiro sabor das coisas e dos sentidos adequados para a existência, provocando os desvarios absurdos que têm configurado a sociedade contemporânea. Concretizados em violência, corrupção, imoralidade, indiferença com a dor dos outros, perversidade; e ainda no entendimento da vida como disputa, na surdez para o grito dos pobres. Estes desvarios acontecem pela falta de sabedoria que pode estar ausente ou ser cultivada nas estratégias da governança moderna, nas especializações das ciências deste tempo, ou mesmo na aprendizagem dos processos formativos.
Essa sabedoria capacita corações e inteligências para o discernimento adequado, de modo que as escolhas configurem condutas à altura da dignidade humana em todos os níveis e na direção de cada pessoa, respeitada a sua singularidade.
A busca dessa sabedoria é tarefa de todos. Não se pode delegá-la, seja na família, nas instituições, nos variados contextos - ou eximir-se dessa missão. Os fluxos que configuram a cultura ocidental estão comprometidos. Impedem, lamentavelmente, por atos e escolhas, o cultivo permanente dessa sabedoria para equilibrar a vida e vivê-la dignamente desde a fecundação até a morte com o declínio natural. A vida de todos está o tempo todo por um fio. É resultado da falta de sabedoria de que tudo tem seu tempo - discernimento que modula a inteligência livrando-a dos desatinos da irracionalidade e preservando o sentido de limite, sem comprometer a liberdade e a autonomia.
No livro do Eclesiastes, capítulo terceiro, o ancião se empenha na tarefa de instruir os jovens. Insiste na compreensão que não pode ser substituída nem pela ciência e nem por estratégias.
Vale retomar sempre as indicações do sábio ancião: "Tudo tem seu tempo. Há um momento oportuno para cada coisa debaixo do céu: tempo de nascer e tempo de morrer; tempo de plantar e tempo de arrancar o que se plantou, tempo de matar e tempo de curar, tempo de destruir e tempo de construir, tempo de chorar e tempo de rir; tempo de lamentar e tempo de dançar, tempo de espalhar pedras e tempo de ajuntar, tempo de abraçar e tempo de afastar-se dos abraços, tempo de procurar e tempo de perder, tempo de guardar e tempo de jogar fora, tempo de rasgar e tempo de costurar, tempo de calar e tempo de falar, tempo de amor e tempo de ódio, tempo de guerra e tempo de paz". Está indicado que a vida não pode ser vivida e conduzida sem essa sabedoria. Trata-se de um caminho longo na vivência do amor, na prática da justiça, na assimilação de valores, no exercitar-se no gosto de ser bom e de encantar-se com o outro.
As instituições todas, sobretudo a família, têm tarefas fundamentais nesse processo para tecer uma cultura ancorada na sabedoria. Se esse caminho não for percorrido, com urgência e perseverança, os desvarios da violência, das disputas, das agressões e da perda de sentido continuarão desfigurando instituições, culturas, modos de viver. Assim as vítimas, e também agentes, desse processo, serão especialmente os mais jovens.
Diante da atual realidade torna-se premente modular os corações e as culturas no horizonte dos valores que se revelam na pessoa de Jesus Cristo. A propósito de que tudo tem seu tempo, vivenciamos o momento propício para refletir sobre o verdadeiro sentido do Natal. É preciso sabedoria para não se curvar diante de enfeites, de Papai Noel e de outros símbolos comerciais que parecem ofuscar Jesus Cristo, o Dom maior de Deus Pai para a salvação da humanidade.
É tempo de cultivar símbolos como o presépio, antiga tradição educativa que modelou corações no bem, cuja intuição sábia de São Francisco de Assis nos deixou como herança. É tempo de reavivar o coração na fé e nos valores que só o encontro com Cristo pode garantir.
Resgatando a inspiração de Francisco de Assis, a Arquidiocese de Belo Horizonte convida todos a reacenderem a chama do amor de Deus, fonte inesgotável da sabedoria que sustenta a vida.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Humildade:


Virtude que nos garante a vitória
A vida sempre ensina, àqueles que se deixam formar por ela, que a humildade é uma virtude que caminha de mãos dadas com a vitória, pois, todos aqueles, que pretensiosamente engrandecem a si próprios, fechando-se às suas próprias fraquezas e limitações, acabam experienciando derrotas e dissabores.
O time, a pessoa, a empresa que se crêem invencíveis e invulneráveis, e que não valorizam a força e as qualidades dos demais, caminham acertadamente para a ruína.
É impossível que exista alguém que seja perfeito em tudo, todos temos defeitos. Quem se enche de orgulho, fechando-se ao aspecto das próprias imperfeições, julgando-se perfeito e vendendo a outros esta imagem, caminha ausente de si mesmo, pois, a verdade que expressa é irreal. Utiliza-se de uma máscara que oculta aquilo que realmente é.
É sabedoria reconhecer-se fraco e limitado, pois, somente assim será possível trabalhar as próprias fraquezas fortalecendo-as gradativamente. Também o é reconhecer as virtudes alheias e aprender com elas.
Os outros têm muito a nos ensinar, e quem não desperdiça a graça de aprender, amadurece significativamente em tudo o que faz.
Quem é humilde reconhece o que tem de bom no outro, cresce com ele, valoriza-o e lhe dá a oportunidade de também ser bom.
O típico orgulhoso é aquele que acredita que somente o que ele faz é bom, e que nos outros a bondade está ausente.
Ter humildade significa não exigir da vida respostas prontas e imediatas para tudo, mas saber acolher o mistério que vai nos formando no cotidiano, nas lutas ordinárias, mesmo quando esta não nos responde...
Aqueles que são muito "seguros" e cheios de si, que crêem não precisar de ninguém e que não conseguem depender do outro em nada, perdem de vista a realidade que tece a vitória na história de qualquer um: a humildade de reconhecer-se na própria verdade e de lutar a partir dela, desprezando a ilusão e assumindo o real.
Humildade é sabedoria, é ser gente, é deixar-se ajudar, é saber respeitar, é dar espaço para amar e ser amado, para encontrar e ser encontrado. Aprendamos com esta virtude, construindo no concreto da vida a vitória que somente ela pode nos garantir.

Obediência


Via certa de santidade...

A qual obediência Deus quer me levar? Tenho me perguntado isso a cada dia! Aos poucos, o Espírito Santo tem me revelado que Deus quer me levar a uma verdadeira e perfeita obediência: “A obediência do Cristo”, a obediência da renúncia, pois é impossível chegar à obediência sem passar, antes, pela renúncia e pela “morte da minha vontade”. Não posso dizer que é fácil, mas também não posso dizer que é difícil, a ponto de você não conseguir viver. Obediência é uma aventura que desafia a razão, o racional. Porque não dizer: “Obediência é uma loucura!” Só os loucos conseguem obedecer com perfeição! Obedecer é uma sabedoria de Deus. é uma pedagogia Divina que nos santifica.
Olhando para a vida dos profetas, para a vida dos santos, fico imaginado Noé, quando Deus o mandou construir aquela arca. Fico imaginado o que se passou pela sua cabeça, pelo seu coração, os medos e as incertezas que sentiu. E Abraão... Imagine pegar o próprio filho para oferecer em sacrifício a Deus! E se fosse você? Você teria coragem? Fico pensando em Moisés diante do Mar Vermelho, com o cajado na mão pedindo para as águas se abrirem. Quando olho para esses homens, vejo o quanto preciso ainda caminhar para aprender a obedecer, mas tenho aprendido que a obediência é um caminho a ser trilhado a cada dia, a começar das pequenas coisas. Quem não conseguir obedecer nas pequenas coisas, não será capaz de obedecer nas grandes!
Uma das coisas que nos impedem de obedecer é olhar para os pecados das nossas autoridades; precisamos aprender que pecados, eles sempre terão, pois perfeito só Deus! Mas para obedecer é preciso olhar além, é preciso transpor a pessoa, a situação. Quem não faz isso, não vai conseguir obedecer. É preciso acreditar que a autoridade exercida pela pessoa, foi Deus quem constituiu (cf. Rm 13,1) Quando aprendemos a obedecer desta forma, a obediência deixa de ser um peso, o que, na verdade, ela nunca foi. A achamos e a julgamos desta forma, porque não conhecíamos e não sabíamos obedecer de verdade.
A obediência é um principio fundamental para o alcance dos objetivos e das metas de um grupo. Sem obediência, entramos no mundo da desorganização e do individualismo. A partir da sua família e, se estendendo ao seu trabalho, à sua vida de Comunidade, enfim, a tudo que o insere em um contexto de hierarquia.
Se faltar obediência, faltará a ordem; se faltar a ordem faltará a paz!
O Espírito Santo é o melhor formador de obediência! Assim como Ele formou os profetas, formou os santos, formou Maria... Ele quer formar a mim e a você no silêncio do nosso coração. Faça essa experiência de se deixar formar pelo Espírito de Deus, deixe que Ele o conduza à docilidade de mente e de coração. Se você se deixar formar nesta escola do Espírito, vai receber o diploma da submissão e da obediência. A obediência é caminho de santidade para todos nós!
Conhecendo mais um pouco a obediência
O que é obediência cega?
Este é um grau elevado de obediência que todos precisamos almejar, é aquela obediência que é executada sem uso da razão, é aquela obediência que não questiona, mas que somente executa e, com precisão, a ordem recebida. É um pouco parecida com a obediência militar.
O que é submissão?
É a obediência do coração, é aquela obediência que ninguém vê só Deus. Eu posso muito bem ser obediente, mas não ser submisso!
Deus abençoe você!

Santos de Calça Jeans

Precisamos de Santos sem véu ou batina.
Precisamos de Santos de calças jeans e tênis.
Precisamos de Santos que vão ao cinema, ouvem música e passeiam com os amigos.
Precisamos de Santos que coloquem Deus em primeiro lugar, mas que se "lascam" na faculdade.
Precisamos de Santos que tenham tempo todo dia para rezar e que saibam namorar na pureza e castidade, ou que consagrem sua castidade.
Precisamos de Santos modernos, santos do século XXI, com uma espiritualidade inserida em nosso tempo.
Precisamos de Santos comprometidos com os pobres e as necessárias mudanças sociais.
Precisamos de Santos que vivam no mundo, se santifiquem no mundo, que não tenham medo de viver no mundo.
Precisamos de Santos que bebam coca-cola e comam hot dog, que usem jeans, que sejam internautas, que escutem mp3
Precisamos de Santos que amem apaixonadamente a Eucaristia e que não tenham vergonha de tomar um refri ou comer uma pizza no fim-de-semana com os amigos.
Precisamos de Santos que gostem de cinema, de teatro, de música, de dança, de esporte.
Precisamos de Santos sociáveis, abertos, normais, amigos, alegres, companheiros.
Precisamos “de Santos que estejam no mundo; e saibam saborear as coisas puras e boas do mundo, mas que não sejam mundanos”.
(João Paulo II)